19 de julho de 2010

Bolo de Cenoura

Aproveito para anunciar em primeira mão , ás restantes fundadoras deste blogue que o inscrevi num concurso da “Lusitana” , que procura os melhores blogues de culinária…Nós, que ao longo de 3 meses recebemos 30 visitas, com certeza seremos seleccionadas…..mas pelo sim , pelo não....Resolvi fazer um bolinho cuja receita é da revista “Lusitana” nº30 que corresponde a Julho de 2010.


Ingredientes:
.1 iogurte natural;

.5ovos;

.300g de açúcar;

.1dl de óleo ;

.1laranja ( raspa);

.280 g de farinha;

.1 colher de chá de fermento em pó;

.200g de cenoura ralada;



Cobertura e decoração:

.200g de chocolate de tablete;

.0,5 de água;

.150g de açúcar;

.100g de cenoura ralada;

.Manteiga e leite q.b. ;


Preparação:

1) Bata o iogurte com as gemas e o açúcar. Adicione o óleo e a raspa da laranja.



2) Envolva a farinha com o fermento e a cenoura.



3) Envolva as claras batidas em castelo.



4) Unte com manteiga e polvilhe com farinha uma forma.



5) Coloque a massa e leve ao forno a 190º por 35minutos ( no meu forno foi cerca de 1 hora)



6) Para o molho de chocolate, derreta o chocolate em banho Maria com uma pouco de leite e manteiga



7) Para a cenoura caramelizada, ferva a água com o açúcar e acrescente a cenoura, deixe cozinhar por 8 minutos.



8) Barre o bolo com o chocolate e decore com a cenoura







Apreciação: Toda a gente que provou este bolinho, e foram muitas , porque o dividi com uns amigos, adoraram. Ficou muito fofinho e a raspa da laranja deixa um aroma muito agradável. Nunca tinha feito cenoura caramelizada…..devo dizer que fiz apenas porque me sobrou cenoura ralada, pensei que não fosse nada de especial…mas revelou-se uma agradável surpresa , para além de ficar um decoração muito bonita ( parecido com fios de ovos) é muito docinho. Adorei o bolinho, é uma receita a repetir de certeza.

V.L.

16 de julho de 2010

Queijadinhas de leite

A receita de hoje surgiu da necessidade de fazer uns bolinhos rápidos. Fiz uma pesquisa numas receitas antigas e encontrei a ideal: rápida, super simples e deliciosa!!



Ingredientes:

.3ovos;

.100g de açúcar;

.5dl de leite;

.30g de manteiga;

.100g de farinha;

.canela;



Preparação:

1) Começe por derreter manteiga, de seguida junte-a ao leite.


2) Á parte misture a farinha e o açúcar, adicione os ovos enquanto bate a massa.


3) Junte o leite e a manteiga a massa anterior


4) Unte as forminhas com manteiga e polvilhe-as com farinha, encha –as com o preparado e polvilhe cada bolinho com canela depois leve ao forno pré-aquecido a 200º.



Apreciação: Enquanto cozem as queijadinhas crescem, depois baixam ao sair do forno mas é mesmo assim.

V.L.

9 de julho de 2010

Um restaurante com alma


No âmbito da disciplina de Arte em Portugal, este espaço será mais uma vez usado para divulgar o trabalho que desenvolvi para a mesma. Ficará assim à disposição do público um excerto da entrevista com o arquitecto Pedro Calado, assim como a análise que fiz de um dos seus trabalhos o restaurante Sal e Fogo.


Entrevista



. Considera-se uma pessoa criativa? Nem por isso.





. Uma coisa que o faça feliz no trabalho: Ver as coisas construídas





. Um defeito que não goste em si enquanto arquitecto: Canso-me de projectos longos que se arrastem no tempo





. Uma palavra que defina o seu trabalho: Gosto de coisas simples





. Acha que o seu trabalho é compreendido? Não...mas isso interessa?





. Considera-se uma boa observadora da vida, das pessoas e situações, e se aplica isso nos seus trabalhos? Sim e sim e sim e sim





. Se perdesse a sua criatividade o que faria da vida? Alguma coisa que desse dinheiro e prazer simultaneamente.





. Qual é o seu objectivo enquanto arquitecto? Fazer melhor arquitectura





. O que se imagina a fazer daqui a 5 anos? Menos trabalho e melhor





. Como é que gostaria de ser lembrado? Carpe Diem... e Nox Diem também!





Análise





Esta é uma análise não formal de uma obra feita pelo arquitecto Pedro Calado, que pretende perceber não a parte técnica, mas a conceptual. Como na entrevista que a antecede ambiciono entender o que leva à criação, de onde provém a inspiração e como essa inspiração actua numa área tão recta como a arquitectura.





A obra em análise é um restaurante, foi a escolhida por ser um local público. Se é complicado projectar um espaço a gosto de uma outra pessoa, um para agradar a toda a gente que o frequente será muito mais.



Um restaurante não pode ser somente a gosto do seu proprietário, quem o visita tem de se sentir acolhido e identificado, tem de sentir que faz parte da casa enquanto permanece no local. A arquitectura e design de um restaurante tem de elevar a sua essência, desde a cor, ao mobiliário à luz tudo deve remeter para o tipo de restaurante que é, para o tipo de comida que nele existe e para o tipo de público que o frequenta.





Perto do Museu e do Clube Naval o “Sal e Fogo” é à primeira vista um restaurante grill, decorado em tons de vermelho e preto com muita madeira à mistura, não que à segunda mude de tons ou de materiais, o que quero dizer é que o espaço não se resume a algo tão simples. Todo o espaço é realmente preenchido de vermelho e preto, com um pouco de branco e castanho-escuro da madeira. Chega-nos assim logo à entrada, o calor vibrante do fogo e arde-nos o sabor do sal, não precisamos sequer de ler o menu e já ficamos a adivinhar os sabores que ali se fazem.





Se a cor é o primeiro ponto que nos salta à vista logo em seguida apercebemo-nos dos planos lineares, dos ângulos rectos, das meias paredes que separam a sala, das semi-janelas que deixam adivinhar o que se passa do outro lado.



Depois pelo meio de todas estas rectas, que nos aparecem não só nas paredes como nas mesas e cadeiras, aparecem linhas curvas, que através da luz nos guiam pela sala seguindo as paredes curvilíneas, revestidas de tijolos pretos e de madeira avermelhada, a mesma madeira dos rodapés e dos armários que parecem iluminar as mesas e cadeiras negras que ondulam ao jeito de quem segue a parede.





Aqui parece que nenhum pormenor foi esquecido, desde o logótipo, tão simples e sofisticado como o espaço, ao tampo das cadeiras, vermelho como o fogo, até aos pictogramas que indicam onde fica a casa de banho, até eles se encaixam ali na perfeição. Tudo faz parte do todo, nada destoa, convive em perfeita harmonia, numa calma e alinho permanente.





Se a arquitectura e o design de um espaço assim precisam de ter a alma da gerência e do público, também não consegue por completo deixar de ter um pouco da de quem o projectou, mesmo que essa fosse a sua intenção, o que também duvido, pois ninguém negará gostar de ver o seu trabalho reconhecido.



O resultado final transparece sempre um pouco de quem investiu tempo, imaginou reacções, explorou sensações e projectou ideias. Por mais que se abdique de gostos pessoais, de preferências e até se desperdicem capacidades e conceitos, fica sempre um pouco, se esse pouco não ficasse, podia ser qualquer um o escolhido para fazer um espaço ter sentido e começar a existir.





Se quem deu matéria para este trabalho não se interessa por ser compreendido enquanto arquitecto ”Acha que o seu trabalho é compreendido? Não...mas isso interessa?”, muito menos me interessarei eu por esta análise ser compreensível aos outros ou não, para mim é! Eu compreendi o “Sal e Fogo” como algo tão fluído, organizado, adequado e simples que acredito que dê para definir o trabalho de Pedro Calado enquanto arquitecto. “Uma palavra que defina o seu trabalho: Gosto de coisas simples”.